PARA LÍDERES DE CÉLULAS
1. Você está comprometido com os membros da sua célula, da mesma forma como espera que eles estejam com você? O compromisso é a base da expansão da célula.
2. A célula deve ter olhos para dentro e para fora. O líder procura ajudar a cada membro a tornar-se um ministro fecundo espiritualmente.
3. Determinação e preservação são os ingredientes básicos de um líder vencedor. Proponha no seu coração a alcançar o alvo da multiplicação e não desista! O Senhor honrará você.
4. Nós nos tornamos aquilo que nos comprometemos a ser. A célula se multiplicará, se ela se compromete a isto.
5. Alguém somente se tornará membro da igreja depois de freqüentar a célula e ser indicado pelo líder. Seja criterioso!
6. Lembre-se de que o nosso alvo é alcançar não-cristãos. Membros de outras igrejas devem ser cordialmente recebidos, mas nunca os convide para voltar ou participar da célula.
7. Não tenha medo de repetir a visão e o ensino. As pessoas demoram a assimilar uma verdade da Palavra. Você não esta na célula para ensinar, mas para alimentar as ovelhas.
8. Os pastores estão presentes para fazer com que o seu ministério seja bem sucedido na célula. Mas, nunca se esqueça, de que a responsabilidade pela célula esta sobre você, como, e não sobre eles.
9. Acredite no potencial de todos os que estão ao seu redor. Aqueles que pensamos serem os mais fracos, poderão vir a ser os mais frutíferos.
10. Não fique preocupado com a sua classe social, idade, estado civil ou sexo. Está comprovado que esses fatores não afetam na multiplicação de uma célula.
11. Não fique preocupado se você não é a pessoa mais engraçada da festa. Tanto os introvertidos, quanto os extrovertidos, multiplicam suas células do mesmo modo que as outras.
12. Os lideres que oram diariamente pelos membros da célula têm maiores probabilidades de multiplicar seus grupos.
13. Líderes que gastam tempo com Deus, em preparação para a reunião da célula, certamente atingirão o alvo de multiplicação.
14. Investir tempo com Deus e preparar o coração para o encontro da célula é mais importante que o preparo do estudo.
15. Líderes que contatam entre cinco a sete novas pessoas por mês, têm 80% a mais de probabilidade de multiplicar a célula.
16. Líderes que visitam oito pessoas novas, ou mais por mês, multiplicam seus grupos duas vezes mais do que aqueles que visitam uma ou duas apenas.
17. Os líderes que preparam auxiliares para ajudar na liderança dobram sua capacidade de multiplicar a célula.
18. Visitas regulares feitas pelo líder e pelo auxiliar, aos membros da célula, ajuda a consolidar o grupo, cria um ambiente de aceitação e favorece a multiplicação da célula.
19. Ao analisar a relação entre a visitação a pessoas novas e a presença de visitantes, constatou-se que a quantidade de visitantes é fator secundário; fazer visitas é mais importante.
20. Orar por membros da equipe e estabelecer alvos são princípios primordiais para primeira multiplicação de uma célula.
COMPETIÇÃO
X
COMPAIXÃO
“Vocês não sabem que dentre todos os que correm no estádio, apenas um ganha o prêmio? Corram de tal modo que alcance o prêmio.” (I Co. 9:24)
“Sendo assim, não corro como quem corre sem alvo, e não luto como quem esmurra o ar.” (I Co. 9:26)
Você já ouviu esta frase?
“É melhor participar do que competir!”
“Chegar em segundo, é ser o primeiro perdedor.”
Frase de Nelson Piquet, bi campeão de Formula 1.
COMPETIÇÃO
“É a interação de indivíduos que disputam algo.”
A Competição É Necessária Para A Vida!
COMPAIXÃO
O que faz a diferença em um líder frutífero é a compaixão.
- A paixão ativa seu potencial.
- A paixão estabelece e mantém as suas prioridades.
- A paixão faz o impossível acontecer.
A COMPAIXÃO DE JESUS
“Ao ver as multidões, teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor.” (Mateus 9:36)
Conclusão
Quando perdemos a paixão, iremos fazer da visão algo comum e rotineiro sem valor, então, quebre a rotina e procure estabelecer alvos maiores e lembre-se a competição com outros destrói a nossa paixão original.
CONSOLIDACAO
UMA RESPONSABILIDADE
DA IGREJA LOCAL
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CONSOLIDAÇÃO UMA RESPONSABILIDADE DA IGREJA LOCAL
Procedimento
da Reunião Ministerial
Supervisor de Setor
com Líder de Célula
I. Entrar fundo em todas as áreas do ministério de Célula detalhadamente.
II. Lembrar que algumas vezes o líder de Célula pode tentar te convencer que está tudo bem, quando na realidade não está (Ele não está te enganando, ele é que está enganado.)
III. Como resolver o problema do II item:
- Fazer perguntas específicas e exigir respostas específicas e detalhadas.
- Alguns exemplos de perguntas a fazer acerca da Célula:
- Que horas começou e quem chegou primeiro a reunião?
- Quem foi o último a sair após o término da reunião?
- Como começou a reunião?
- Quem dirigiu a oração?
- Quem dirigiu o louvor?
- Quem ministrou a folha de estudo?
- Houve comunhão?
- Houve testemunho?
- Quantas pessoas haviam na reunião?
- Adultos - (12 anos para cima)
- Crianças – (09 anos para baixo)
- Quantas pessoas faltaram? (a secretária deve ter um livro de presença e ausência).
a. Você as visitou?
b. Porque faltaram?
- Houve visitas? Quantas?
- Quanto foi a oferta?
a. Você está trazendo para o Tadel?
- Está entrando alimentos para os pobres?
- Estão ajudando algum missionário com uma cesta de alimento mensal, mesmo que seja em conjunto com outra Célula?
- Alguns exemplos de perguntas acerca das reuniões paralelas a de quarta:
- Houve santa ceia este mês? Como foi?
- Está havendo almoços, cafés, jantares ou retiros, para estimular comunhão?
- Como está indo a reunião de oração?
- Todos os membros da Célula estão participando do Culto de Celebração?
- Alguns exemplos de perguntas acerca da próxima multiplicação:
- Você está treinando na prática os próximos líderes e auxiliares?
a. Na Palavra
- Louvor
- Visitas
- Quando a Célula vai multiplicar? (Data provável).
- Qual o local da próxima multiplicação?
- Quem será o novo líder da Célula?
- Quem serão os auxiliares da nova Célula? (Auxiliar principal, louvor, oração, crianças, músico, etc.)
- Quem será o anfitrião? (este tem uma vida familiar estruturada e vida com Deus?)
- Perguntas acerca do trabalho do líder de Célula durante a semana, fora da reunião da Célula:
- Você está reunindo com a diretoria da Célula para programar as reuniões de quarta, distribuir tarefas e treiná-los ministerialmente?(Os auxiliares)
- Você está fazendo visitas e levando outros com você? É importante você visitar:
a. Os crentes
- Os que visitaram a reunião na quarta passada
- Os que faltaram a reunião (estimular os desanimados)
- Novas pessoas
- Você está treinando novos discipuladores?
4. Você está discipulando alguém?
- IV. Amado Supervisor de Setor:
- Se você for um bom supervisor, você verá defeitos para corrigir no seu líder de Célula.
- Se você só elogiar, ele relaxa.
- Se só corrigir, ele desanima.
- Você deve ter um bom equilíbrio, elogiar muito, mas não falsamente, e corrigir bastante.
- Quando você reunir com o líder de Célula, não abafe as intuições do Espírito.
- Cobrar do líder de Célula que ele tenha um caderno de anotações que contenha todas as anotações, as informações da Célula e estudos.
- Todo líder de Célula deve ter uma “agenda do líder de Célula” para anotar todos os nomes dos novos convertidos e acompanhá-los através do trilho de liderança. (o líder deve prestar conta da vida dos novos convertidos).
- Você deve estar por dentro da vida pessoal, ministerial e espiritual do líder de Célula.
- Estimular os líderes de Células a trazerem muitos auxiliares.
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Igreja em Células
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Dom Helder Câmara, famoso arcebispo de Olinda e Recife, que se posicionou contra a pobreza e a opressão nas décadas de 70 e 80, em pleno Regime Militar, disse o seguinte: “Quando dou esmolas aos pobres, sou chamado de santo; se questione por que são pobres, sou chamado de comunista”.
Essa afirmação mostra que o mundo espera da Igreja (e a própria igreja muitas igrejas espera de si mesmo) uma caridade passiva, religiosa, descomprometida com as reais causas da pobreza, das doenças, da fome, das misérias que assolam o povo nas grandes e pequenas cidades do Brasil e da América Latina.
Observamos que, em geral, há uma preocupação de como se começar um projeto social de assistência. Isto é nobre e um passo louvável, mas não é isso apenas que deve ser chamado de responsabilidade social da igreja.
Em alguns lugares já virou até moda os famosos “sopãos” de final de semana, distribuição de cestas básicas, cortes de cabelo, palestras de higiene nas comunidades periféricas, tudo regado a muito louvor e pregação. São os mutirões de assistência social. Só que isso acontece de forma esporádica, descontinuada, e os efeitos na comunidade são mínimos.
Tentaremos explicar claramente até aonde vai a tarefa da igreja em sua missão social. O pastor Hélcio da Silva Lessa, em seu livro Ação Social Cristã, dividiu a responsabilidade social em três categorias:
v Assistência Social
v Serviço Social e
v Ação Social
1. Assistência Social
No tempo da escravatura alguns cristãos sensibilizados com os que eram castigados e surrados no pelourinho, resolviam ajudá-los com água, comida ou atando suas feridas. Esta atitude nobre, que no entanto não tocava nas causas da escravatura, tipifica o que poderíamos chamar de Assistência Social.
2. Serviço Social
Outros cristãos, com visão mais aberta resolviam, além da assistência, assegurar a liberdade de alguns escravos, através da compra destes e criação de oportunidade de trabalho para que eles criassem seus mecanismos de sobrevivência. Esta atitude, mesmo que admirável não acabava com a instituição da comercialização dos escravos. A isto podemos chamar de Serviço Social.
3. Ação Social
Outros, além de dar comida e curar as feridas, quando necessário, e além de até comprar alguns deles para libertá-los, lançaram-se também na luta contra a instituição da escravatura para que não encontrassem escravos pendurados no pelourinho nem tivessem que comprar a liberdade deles. Acabar radicalmente com a escravatura era mais viável, pois assim estariam destruindo este mal pela raiz. A luta por esta conquista dever ser caracterizada como uma Ação Social.
Na consulta sobre a relação entre evangelização e responsabilidade social, realizada em Grand Rapids, Michigan, em junho de 1982, sob a presidência de John Stott, a comissão de estudos dividiu a responsabilidade social em duas categorias: Serviço Social e Ação Social,as quais refletem o mesmo raciocínio apresentado acima:
SERVIÇO SOCIAL |
AÇÃO SOCIAL
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v Socorrer o ser humano em suas necessidades
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v Eliminar as causas das necessidades. |
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v Atividades Filantrópicas
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v Atividades políticas e econômicas | ||
v Procurar ensinar indivíduos e famílias.
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v Procurar transformar as estruturas da sociedade. | ||
v Obras de Caridade | v A Busca da Justiça
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A. PROMOÇÃO HUMANA
A Promoção Humana pode ser dividida em quatro categorias:
1. Promoção Humana Pela Assistência
“Na assistência, o pobre-indigente recebe o peixe de ajuda material do agente compadecido. Enquanto dar o peixe irradia caridade, gera também assistencialismo no agente, dependência desumanizante no pobre e inércia na sociedade”.
2. Promoção Humana Pelo Ensino
“No ensino, o pobre-atrasado recebe do agente colaborador, a informação/formação. Enquanto ensinar a pescar oferece instrumentos de acesso regulado aos bens da sociedade, promove também paternalismo no agente, individualismo competitivo no pobre e endurecimento estrutural na sociedade excludente”.
3. Promoção Humana Pela Participação
“Na participação, o pobre-marginalizado conquista seu espaço pela reivindicação e solidariedade, com o acompanhamento do agente colaborador. Enquanto pescar em mutirão e vender o peixe em cooperativas suscita compromisso do pobre com o pobre, também estaciona no reformismo por parte dos agentes e na acomodação com melhorias conquistadas pelos pobres deixando intactas as estruturas de exploração”.
4. Promoção Humana Pela Transformação
“Na transformação, o pobre-oprimido se liberta da opressão (por conseguinte liberta seu opressor) assumindo seu direito de ser sujeito da sociedade pela intervenção transformativa nas estruturas injustas com o engajamento do agente criativo…”.
Essas tendências não devem ser consideradas como estanques. Na verdade, indivíduos ou projetos assistencialistas, mudam enquanto caminham. Até pode ser verdade que as pessoas envolvidas com obras mais educativas, um dia agiram assumindo posturas assistencialistas ou paternalistas. Por sinal, em verdade, na filantropia ou assistencialismo os recursos pelo menos chegam mais nas mãos dos pobres do que nos chamados projetos “educativos”, que muitas vezes funcionam também como máquina de emprego para técnicos que utilizam o sofrimento dos pobres em beneficio pessoal ou institucional.
Seja qual for a tendência de promoção humana, precisamos avaliar criteriosamente nossas atividades sociais e políticas. A pergunta chave é: Quem promove quem pela filantropia, ensino, evangelização? Quem se beneficia com a missão realizada?
O trabalho social é dinâmico, criativo, requerendo permanente avaliação criteriosa e confiável. Diante de calamidades de difícil controle, fome, famílias vivendo no relento, nossas ações precisam ser justas mesmo que vestidas de assistencialismo e paternalismo. Não estamos priorizando as tendências, estamos somente sinalizando as várias formas de atuação, e quando se fazem necessárias.
Portanto, entender a responsabilidade social como uma tarefa que transpõe as limitações da filantropia e do ensino, não é apenas uma questão de conceituação técnica, é acima de tudo uma providência, que há de nos ajudar a compreender que prevenindo as desigualdades sociais pelas ações de justiça, evitaremos que outros dependam de maneira subserviente de nossa filantropia.
A vocação da igreja é ser a comunidade peregrina dos discípulos e discípulas de Jesus Cristo. É ser uma nova sociedade habitada por Deus. É a comunidade alternativa que desfruta, pratica e proclama as boas novas do Reino de Deus. Vive a liberdade de ser plenamente humana, em adoração a Deus e comunhão com o seu povo, para amar e servir o mundo amado por Deus. Proclama pela comunicação inteligente e pela forma como expressa sua experiência comunitária. Anuncia as boas novas do Reino de Deus pela prática da misericórdia e luta pela justiça.
B. NATUREZA DA AÇÃO CRISTÃ
É importante estudar a natureza da ação cristã nas comunidades carentes. A ação mais comum das comunidades cristãs tem sido doar alimentos, roupas, remédios, dinheiro, etc. Esta ação, por um lado, pode transformar- se em algo prazeroso, estimulador para a fé cristã. Por outro, pode transformar-se num fardo, num peso que leva a diferentes queixas. As queixas mais comuns decorrentes deste processo costumam ser:
v “As pessoas não valorizam o que a gente faz”
v “Estas pessoas não querem nada-com-nada”
v “Vendem adiante o que a gente dá”
v “Não tem como trazê-las para a igreja”
v “Não dá para liberar nossos espaços (auditórios, casa ministerial, escola) porque eles não sabem cuidar”
v “Fazer algo com eles em nossas instalações resultará em despesas porque vidros serão quebrados, cadeiras e mesas serão estragadas”.
Queixas como as acima costumam ser proporcionais ao processo de limitação da Ação Cristã ao Assistencialismo. Isto é, quanto mais assistencialismo (satisfazer apenas a necessidade mais gritante das demandas sociais – não têm comida, dá-se cesta básica; não têm o que vestir, dão-se roupas e calçados) tanto maior a tendência às queixas.
Doações todo mundo faz. Estas ações sozinhas não passam de assistência humanitária. Não precisamos ser cristãos para realizarmos a assistência humanitária.
O fato de sermos cristãos não garante qualidade divina para a nossa ação humanitária. Realizar uma assistência humanitária é dever de qualquer cidadão em nossa sociedade. Pelo nosso contrato social (expresso na Constituição e Legislação vigentes no país) somos responsáveis pela vida e direitos uns dos outros como família, como sociedade, e como Estado. Também aqui, o fato de sermos cristãos ou não, não faz diferença porque, tanto cristãos quanto não-cristãos, estão debaixo do mesmo contrato social. Realizando a assistência humanitária não estamos fazendo nada além de cumprir um dever social de todo cidadão.
Temos visto pessoas das mais variadas confissões religiosas, tanto cristãs como não cristãs, realizando atos belíssimos de generosidade e abnegação, de serviço e cuidado pelo próximo, pelos pobres. A generosidade por si não garante a salvação ou favor de Deus. Ela deve fazer parte de um “pacote” maior, que inclui todos os valores e motivações bíblicas sobre os quais o cristianismo se fundamenta.
Bom, temos que nos fazer algumas perguntas. Tem alguma coisa que diferencia aassistência humanitária da ação cristã? Ação Cristã é um elemento que compõe a natureza da Igreja cristã ou uma tarefa que a Igreja pode ou não realizar? Em outras palavras, é possível ser Igreja cristã mesmo não realizando a ação cristã? Elementos para sinalizar possíveis respostas podem ser encontrados na diaconia neotestamentária.
C. O EXEMPLO DIACONAL DE JESUS
A afirmação de Jesus, após o lava-pés, “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (João 13.15) sinaliza outro elemento que compõe a natureza da ação cristã. Exemplo, aqui, vem da palavra grega υpόdeigma (Hipodeigma). Hipodeigma é formado por “hipó”, que, com acusativo, significa sob, debaixo de, e “deigma”, que significa exemplo. Jesus está dizendo: “vos dei o exemplo que está sobre vocês”. Qual é o exemplo de Cristo? Ir ao encontro, salvar as pessoas, independente do que elas tenham feito, simplesmente porque Deus as ama e quer acolhe-las. Quer dizer, Jesus inaugurou uma nova forma de estender a vida que Deus disponibiliza para suas criaturas: ir ao encontro das pessoas não baseado no que elas são, no que elas têm ou merecem, mas movido pelo amor de Deus. Amor este que leva Paulo a afirmar:
Eu poderia falar todas as línguas que são faladas na terra e até no céu, mas, se não tivesse amor, as minhas palavras seriam como o som de um gongo, ou como o barulho de um sino. Poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, entender todos os segredos e ter tanta fé, que até poderia tirar as montanhas do lugar, mas, se não tivesse amor, eu não seria nada. Poderia dar tudo o que eu tenho e até mesmo entregar o meu corpo para ser queimado, mas, se eu não tivesse amor, isso não me adiantaria nada. (…) agora existem três coisas: a fé, a esperança e o amor. Porém a maior delas é o amor (I Coríntios 13. 1-3,13).
Jesus nos colocou debaixo deste amor, como se fosse um grande guarda-chuva. Quem está debaixo deste amor “naturalmente” está habilitado para acolher as pessoas sem olhar para o que elas têm, são ou fazem que as torne dignas ou merecedoras da nossa ação. “…façais vós também” não é imperativo ético de obrigação, mas um dever da natureza: sob o meu exemplo, deveis fazer isso”. Não é por nada que neste mesmo contexto Jesus afirma que ele é a Videira e que os ramos que estão nele “produzirão muito fruto” (João 15.5).
Assim como é natural que o ramo unido à videira produza fruto, é natural que quem está sob o exemplo de Cristo naturalmente acolha sem procurar algo que faça as pessoas merecedoras da sua ação. É mais uma questão de constatação que de obrigação. Logo, exemplo aqui não é algo para ser imitado ou cumprido, mas é algo no qual estamos organicamente incluídos.
Assim, o exemplo sob o qual Cristo nos coloca não é uma “moral” a ser seguida ou obrigação a ser realizada, mas uma “forma” a ser vivenciada. Nisto reside a honra: somos diáconos de alguém com quem estamos organicamente unidos. Tão unidos que já agora estamosassentados com Cristo nos lugares celestiais (Efésios 2.6). Ou, tão unidos que estamos dentro dele: “no batismo… fomos revestidos por Cristo” (Gálatas 3.27). Organicamente dentro de Cristo, não há outra alternativa a não ser dar continuidade à obra de Cristo! Não como obrigação moral, mas como graça e privilégio de alguém que “já agora” está assentado nos lugares celestiais em Cristo!
SOBRE CONSELHEIROS
E CONSOLIDAÇÃO
SOBRE CONSELHEIROS E CONSOLIDAÇÃO
O Conselheiro é um seguidor de Jesus, cheio do Espírito Santo,
que ajuda o novo convertido no momento e imediatamente
após a sua decisão de seguir Jesus.
O Conselheiro, nesse sentido é o Consolidador, aquele que ajuda o novo crente a dar os primeiros passos sua decisão. Consolidar é ser amigo, um companheiro que estenderá a mão durante os primeiros passos na vida cristã, apontando-lhe o alvo: Ser igual ao seu Mestre Jesus.
Consolidação é o cuidado e a atenção que devemos dispensar ao
novo crente para reproduzir nele o caráter de cristo, de maneira
que sua vida cumpra o propósito de Deus: dar fruto
que permaneça (João 15.16).
A. OBJETIVOS DA CONSOLIDAÇÃO
v Reter cada pessoa que Deus colocar em nossas mãos, seja através da célula, nos cultos da igreja ou em qualquer outro ambiente onde podemos testemunhar de Jesus;
v Verificar a entrega e decisão de cada pessoa, fazendo perguntas objetivas quanto à sua decisão, convicção de quer Jesus como seu Salvador e Senhor;
v Inseri-lo em uma célula, para que cresça em comunhão com outros irmãos e aprenda mais da Palavra de Deus;
v Levar o novo convertido a uma relação de discipulado pessoal um a um que, junto com a célula, vai ajudá-lo a amadurecer e crescer em Cristo;
v Cuidar de cada convertido até que dê fruto permanente no Senhor;
v Reproduzir na pessoa o caráter de Cristo, de maneira que ele reflita Cristo em suas palavras e em suas ações;
v Fazer de cada crente um fazedor de discípulos, a tal ponto que ele mesmo vai tomar a iniciativa de buscar novos filhos para a família de Deus;
v Cuidar das pessoas de acordo com o valor dado por Deus.
B. QUEM PODE SER UM CONSELHEIRO?
Todo cristão que a ama a Deus, quer ser obediente ao mandado de Cristo, tem profundo amor pelas vidas, está sendo discipulado e anseia servir junto à Igreja Local, este pode ser um Conselheiro.
Dessa maneira, todo seguidor de Jesus deve ser treinado para:
v Ganhar pessoas para cristo;
v Ser um conselheiro para o novo convertido no momento e imediatamente após a sua decisão, assim como no acompanhamento que se segue;
v Discipular o novo convertido até ele se tornar líder de célula, e continuar discipulando com propósitos.
C. REQUSITOS PARA SER UM CONSELHEIRO
v SANTIDADE: Quem quer que aspire ser usado por Deus na Consolidação deve ser santo. A única coisa que rouba sua autoridade e respaldo de Deus é o pecado oculto em sua vida. Deus só poderá fluir através de instrumentos limpos.
v AMOR ÀS ALMAS: O amor foi a chave do sucesso de Cristo e Ele nos deixou seu exemplo. Nenhum modelo, nenhuma técnica substitui um amor genuíno, interessado, que flui de um coração se preocupa. O novo convertido pode até ser um número para a sua célula, um membro a mais para a igreja, mas, antes de tudo, ele é um bebê espiritual, um filho de Deus que precisa ser nutrido e cuidado.
v CONHECER A PALAVRA: As perguntas que os novos crentes só podem ser respondidas com a Palavra de Deus. Não podemos dar respostas baseadas no “eu acho…” ou “eu tenho a impressão que…”.
v DISPOSIÇÃO e DISPONIBILIDADE: Uma das coisas que mais agrada a Deus é que façamos sua obra com zelo e disposição de coração. Devemos fazer como Ele o faria, se estivesse em nosso lugar (Isaías 6.8). Deus nunca vai trabalhar com nossas desculpas e justificativas.
v ORAÇÃO: É pela oração que as batalhas são ganhas. Tudo que desejamos no mundo terreno, devemos conquistá-lo primeiro no plano espiritual.
v CONHECER O PLANO DE SALVAÇÃO: Ser capaz de explicar facilmente João 3.16, e como aplicá-lo à vida da pessoa, no tocante à salvação, ao arrependimento e perdão dos pecados.
D. PESSOAS QUE PODEM SER CONSELHEIROS NAS REUNIÕES
PÚBLICAS ONDE HÁ CONVERSÕES A CRISTO:
v Pastores Supervisores de Células;
v Obreiros Missionários;
v Missionários Voluntários;
v Líderes de Células;
v Auxiliar de Célula, se tiver autorização prévia de seus líderes e se for necessário (no caso de muitos novos convertidos e poucos conselheiros);
v Qualquer irmão que preencha os requisitos especificados acima para ser Conselheiro, quando convidado para funcionar como nessa função.
Obs.: Esta lista refere-se à prática da Igreja Batista da Glória.
Em outras igrejas a prática pode ser igual ou ligeiramente diferente.
O Essencial é que haja uma consolidação bem feita,
e por pessoas devidamente qualificadas para tal.
E. É MUITO IMPORTANTE O CONSELHEIRO LEMBRAR QUÊ:
v É necessário confiar totalmente no Espírito Santo, fazendo tudo com muita VIDA e amor, para nunca cair num ritual;
v Deve ser sempre amoroso com todos os novos convertidos, e pegar o endereço e telefone, sem que seu interesse primordial seja levá-los para a sua própria Célula;
v Mesmo assim, é uma ótima oportunidade de ajudar sua Célula a crescer, e o conselheiro deve estar amorosamente atento, pois muita gente vem para igreja por conta própria, sem nenhum contato anterior.
F. O TRABALHO DE CONSELHEIRO
1. No Auditório:
v Ao longo do culto, durante a mensagem, e principalmente na sua conclusão, interceder para que o Espírito Santo toque nas mentes e nos corações daqueles que estão ouvindo a Palavra;
v Na hora do apelo, não demorar a agir, mas ir logo para frente (bem para frente): ficar no mesmo nível que o novo convertido, posicionando-se com amor ao lado dele;
v Olhar para o pastor e não conversar com o novo convertido enquanto o pastor estiver falando;
v Estar sempre submisso ao Coordenador dos Conselheiros;
v No momento certo abraçar o novo convertido (cuidado com a aparência do mal quando for alguém do sexo oposto), e conversar com o genuíno amor, fé e alegria;
v Acompanhá-lo para a sala de consolidação no momento certo.
2. Na sala de consolidação:
O Líder da Consolidação:
v Dará calorosas boas-vindas com muito entusiasmo, amor e carinho;
v Um pastor ou obreiro irá expor resumidamente o plano de salvação;
v O líder explicará para o novo convertido que ele não deve desanimar se falhar em qualquer área, porque se ele perseverar em buscar a Jesus, Deus irá sempre completar na sua vida toda boa obra que Ele começou (Filipenses 1.6);
v O pastor ou obreiro, com a ajuda de todos os conselheiros, orará mais uma vez pelos novos convertidos, agradecendo a Deus pela certeza da salvação; essa oração deve ser por cura, libertação, prosperidade, família, etc., sempre com a demonstração de muito amor e carinho.
O Conselheiro:
v Deve pegar o livrinho-brinde e a ficha do novo nascimento com o pastor ou obreiro responsável;
v Deve preencher a ficha com todo cuidado, de forma bem legível, de preferência com letra de forma, anotando o nome e o endereço, telefone fixo, celular, e-mail, o máximo de informações possível (quando ele não tem uma célula conhecida, e se você tem dúvida de para onde ele vai, não preencha o nome do Líder de Célula e da Célula);
v Explique acerca da Célula e pergunte se ele gostaria de um apoio de alguém da Célula na sua residência;
v Se for alguém que ainda não tem qualquer vínculo com célula, e que mora perto de você, na sua rua ou no seu bairro, e tem o perfil (idade, interesses, relacionamentos) que se encaixa com você e sua célula, pode recrutá-lo para sua célula, lembrando de anotar esses detalhes na ficha;
v Parabenize-o mais uma vez pela decisão, diga que ele pode contar com a igreja e com você e, se houver tempo, enfatize mais uma vez a certeza de salvação, de acordo com I João 5.11-13 (de preferência tenha esses versos memorizados);
v Entregue o livrinho para ele e diga que ele pode procurar em casa, com calma, aqueles versículos na sua Bíblia. Diga que ele pode começar a ler a Bíblia na epístola de I João.
3. Durante a semana seguinte:
v Se for alguém que se converteu para uma célula sua, garanta que a ficha será entregue para você ou para o supervisor responsável sobre você e sua célula;
v Sendo o novo convertido for seu convidado ou convidado de alguém da sua célula, nem espere a ficha; comece já o acompanhamento, e garanta que o convertido irá para a próxima reunião da célula e começará também a ser discipulado.
Até aqui tratamos da consolidação no templo. Existe também a consolidação feita na célula e aquele que chamaremos de Consolidação Pós-Templo. Cada uma é importante.
Cada rede de células (melhor ainda cada célula) deve ter sua equipe de consolidadores — conselheiros. Dessa maneira, onde quer que haja uma conversão e pessoas necessitando de cuidados neonatais, haverá também ali um “enfermeiro” espiritual, um pediatra pronto a dispensar os primeiros cuidados.
G. PASSOS ENTRE GANHAR E CONSOLIDAR
v Primeiro Passo: O Apelo
O apelo faz parte da mensagem evangelística, tanto na pregação do púlpito quanto na evangelização pessoal. Deve ser tão bem preparado quanto a introdução e os pontos principais da mensagem. O evangelista, isto é, a pessoa que anuncia o Evangelho deve seguir o exemplo do apóstolo Pedro em Atos 2.37-40. Pedro esclareceu bem o que queria que fizessem? (veja v.38). O que Pedro exigiu? Quem podia responder ao apelo? Há ordem? Eles entenderam mesmo? Qual a implicação do versículo 41?
v Segundo Passo: Aconselhamento Imediato
O objetivo do aconselhamento imediato é levar o decidido a entender a vontade de Deus para sua vida e como segui-la.
O aconselhamento imediato complementa o apelo, é uma aplicação pessoal. É o momento de verificar se a pessoa que se decidiu entendeu realmente o apelo. Muitas vezes é descoberto um vivo interesse em Cristo. O consolidador deve ajudar a pessoa a fazer uma entrega completa de sua vida a Jesus. Outras vezes o decidido revela um interesse vago. Não quer ir ao inferno, mas realmente não entende que é necessário deixar seu modo atual de viver, arrepender-se, abandonar os seus pecados, aceitar Jesus como Senhor de sua vida, e segui-Lo através do batismo e serviço numa igreja.
Alguns atendem ao apelo sem saber por quê; outros querem alguma coisa da igreja: dinheiro, cesta básica, ajuda para algum problema como alcoolismo, ou oração por alguém muito doente.
Somente podemos ajudar essas pessoas quando fazemos algum tipo de aconselhamento. A falta de aconselhamento imediato prejudica muito o ministério da consolidação. Por isso é muito importante analisar até que ponto o decidido compreendeu o apelo.
H. QUANDO E COMO FAZER O ACONSELHAMENTO
No Culto de Celebração, Durante o Apelo: Três Métodos Opcionais
v O Pastor
O pastor mesmo pode fazer todo o aconselhamento durante o apelo. Geralmente num culto o número de descrentes presentes não permite muitas decisões na hora do apelo. Se o pastor quiser, poderá fazê-lo sem outros consolidadores.
Quando a igreja não é grande e a programação permite, o pastor pode explicar rapidamente e em linhas gerais os passos e a importância da decisão por Cristo.
v O pastor e outros consolidadores
O pastor e outros consolidadores podem trabalhar juntos. Esse plano é usado em igrejas maiores, e cuja programação de celebração é bem cheia. É ideal para igrejas que têm vários cultos, um após o outro.
O pastor faz o apelo recebe o decidido na frente. No próprio apelo ficou bem explicado que aquela convocação é para quem quer entregar a vida a Jesus. Quando há outros apelos, o pastor explica que depois dessa oração ele chamará as pessoas para cura, dedicação missionária, etc.. Pode dizer também que os novos convertidos poderão participar das duas convocações, uma após a outra.
Durante o apelo de salvação, mesmo antes que os não crentes comecem a vir à frente, os conselheiros já começam a se aproximar do palco. Colocam-se de frente para o pastor, como se eles mesmos estivessem se convertendo. A intenção não é fingir que o conselheiro é alguém que está se convertendo como “isca”, mas encorajar o novo convertido a ir à frente, pois muitos ficam com vergonha de ir sozinhos.
Aqueles irmãos que trouxeram visitantes não devem esperar que somente os “conselheiros oficiais” cuidem do seu convidado. Eles devem ir à frente junto com seu convidado, quando este se decide, e também acompanhá-lo na sala de consolidação. Bolsas e objetos pessoais devem ser levados pela pessoa para frente e para a sala, ou cuidados por um parente ou amigo próximo, pois ao término da consolidação o culto normalmente já acabou.
O pastor explica rapidamente a importância de seguir a Cristo, parabeniza os novos convertidos pela decisão e faz a oração de entrega, a qual é repetida por eles. Toda a igreja aplaude, e faixas de boas vindas são erguidas no auditório. Após isso, ao som de uma música de boas vindas, os novos decididos, junto com os conselheiros e seus acompanhantes, são encaminhados para a sala de consolidação.
É importante que na sala de consolidação tenha água, refrigerantes, chá
ou cafezinho que serão servidos aos novos decididos. Biscoitinhos também
são bem-vindos. Cuidado para que os conselheiros não comecem a comer
na frente dos novos convertidos. Há também aqueles casos de
adolescentes que “se convertem toda semana”
só para lanchar na sala de consolidação.
v Somente Outros Consolidadores
Em alguns lugares, o pastor faz o apelo, e tão logo os convertidos vêm à frente, já há uma equipe que os direciona para uma sala ou espaço ao lado. Aquela parte pública de oração de repetição, explicações e abraços é feita na sala, e não em frente ao altar (palco como alguns chamam).
Assim, outros consolidadores e não o pastor principal (podem ser os pastores auxiliares) vão receber os decididos quando atenderem o apelo. Nesse caso, recomenda-se que esse grupo de consolidadores sentem-se nas primeiras fileiras, de modo que poderão chegar à frente rapidamente para ajudar, conforme o plano pré-determinado.
É melhor ter uma pessoa na frente para receber as pessoas, como um pastor ou obreiro designado. Os outros consolidadores estarão esperando e orando ao lado. O líder da equipe de consolidação ao receber uma jovem, a entregará para uma jovem consolidadora, uma senhora para uma senhora, etc.
I. QUE FAZ O PASTOR PRINCIPAL DEPOIS DO CULTO?
v Comportamento Um
O pastor poderá deixar todos os decididos chegarem à frente durante o apelo sem falar com eles pessoalmente, talvez apenas cumprimentando-os e apertando suas mãos. No final, depois de encerrar o culto, o pastor falará com todos sobre suas decisões, dando alguns conselhos e orientações. Numa igreja grande isso pode ser um ouço complicado, uma vez que nem sempre a sala de consolidação fica ao lado do palco.
v Comportamento Dois
Alguns pastores usam um pouco mais de tempo na hora do apelo, explicando alguns detalhes, olhando as pessoas nos olhos, apertando as suas mãos, orando por elas, mas no final são outros consolidadores que fazem o aconselhamento, e não o pastor. Por um isso ajuda o pastor a dar atenção para outras pessoas. Quando o pastor gosta de cumprimentar as pessoas na porta da saída, esse procedimento é adequando. Ele poderá cumprimentar ao mesmo tempo os irmãos veteranos e também os recém-convertidos. Dessa maneira, mais de um consolidador estará trabalhando, e o aconselhamento se torna mais pessoal.
v Qual é o Melhor Plano?
Para resolver essa questão, é importante lembrar-se do objetivo do aconselhamento imediato: Levar o decidido a entender a vontade de Deus para sua vida e como cumpri-la.
Em primeiro lugar, reconhecemos que é muito difícil atingir esse objetivo aconselhando pessoas em grupos. Em segundo lugar, é claro que as pessoas, de modo geral, têm mais confiança no pastor e na pessoa que Deus usou para despertar o seu interesse. O papel do pastor tem certa autoridade também. Por isso é importante que o pastor faça o aconselhamento tanto quanto possível.
Se alguém precisar de muitos conselhos, é importante que o pastor pode tenha um conselheiro preparado para conversar à parte por mais tempo. Também no caso de muitas decisões, o pastor pode ter pessoas preparadas para ajudar no aconselhamento que se segue.
A escolha do método de consolidar vai depender do tamanho da igreja, da quantidade cultos seguidos que a igreja tem, do número de pastores e obreiros treinados, e do perfil da igreja. A própria igreja pode desenvolver uma cultura onde os próprios membros já estão a postos para ajudar a receber pessoas.
J. MODELO DE ENTREVISTA ENTRE CONSOLHEIRO E NOVO DECIDIDO
Conselheiro: “Estou muito satisfeito porque você veio! Qual é o seu nome?”
Decidido: “João Pedro da Silva Góis”
Conselheiro: “Por que veio aqui agora?” (a resposta indica se a pessoa já aceitou a Jesus ou se está querendo aceitá-Lo).
Decidido: “Porque orei como o pastor falou. Quero perdão. Quero Jesus…”
Conselheiro: “Então, você reconhece que é pecador?”
Decidido: “Sim, claro!”
Conselheiro: “Quer abandonar agora e para sempre os seus pecados?”
Decidido: “Quero, sim.”
Conselheiro: “Quer confiar em Jesus como Senhor da sua vida, agora, e para sempre?”
Decidido: “Quero”.
Conselheiro: “Quer obedecer a Jesus em tudo?”
Decidido: “Quero”.
Conselheiro: “Quer obedecer a Jesus, segui-Lo no batismo e servi-Lo como membro desta igreja?”
Decidido: “Sim. Quero obedecer a Jesus”.
Conselheiro: “Podemos orar e dizer tudo isso a Jesus em oração, agora?”
Decidido: “Sim”.
K. DETALHES A OBSERVAR
v Com a oração, essa conversa pode ocupar até dois minutos e meio. Muitas vezes encontramos pessoas que não têm o conhecimento básico do Evangelho. Neste caso, será necessário levá-las a uma ministração mais demorada.
v Aqui está uma atividade que pode ser feita em sala de aula: Todos podem ganhar experiência como conselheiros, simulando o ato de receber e aconselhar um decidido, usando as perguntas básicas. Por exemplo: Um jovem que está participando de um estudo evangelístico numa célula, e atendeu ao apelo. O líder dessa célula fará o papel de conselheiro, um voluntário pode fazer o papel do jovem. Esses dois simularão o ato de aconselhamento usando as perguntas básicas. Depois podem formar pares. Um fará o papel do jovem e o outro do conselheiro. Depois de três minutos, podem trocar os papéis.
v Pense em outras situações. O que você faria diferente? O que faria com alguém querendo reconciliação com Deus? Querendo somente uma oração da igreja? Uma bênção? Como aconselharia um decidido de muito tempo que quer ser batizado?
v Às vezes, a vontade de Deus pode ser a reconciliação de um crente desviado. Queremos levar todos os não crentes a entenderem a necessidade de fazer um compromisso imediatamente. Com algumas pessoas é necessário iniciar o trabalho de semear e cultivar.
v Às vezes, o aconselhamento se torna um dos primeiros passos para ganhar. Nem todo mundo que vem à frente já está ganho. Nem todo mundo que entra na sala de consolidação já está ganho.
L. APRESENTAÇÃO DOS DECIDIDOS À IGREJA
A apresentação dos decididos à igreja é um passo muito importante na sua consolidação. É importante para os decididos e também para a igreja.
Em igrejas onde a programação permite, e quando há tempo suficiente para a consolidação entre o apelo e a bênção final, o pastor pode ler os nomes que estão na Ficha de Consolidação apresentando assim a pessoa à congregação pelo nome. Pode dizer qual é o compromisso que fez e uma palavra breve sobre a decisão que mostra a sinceridade dela. É óbvio que não é possível fazer este tipo de apresentação sem que o aconselhamento imediato tenha ocorrido, pois em alguns lugares há casos onde a pessoa responde de lá: “Mas eu só estava querendo oração para conseguir um emprego…”
M. APRESENTAR O NOVO DECIDIDO É IMPORTANTE PARA ELE POR
QUÊ:
v Marca a experiência do novo nascimento. É este evento que é importante para o novo crente. A data do novo nascimento deve ser mais importante para ele do que o seu batismo. Geralmente destacamos o batismo muito bem, até com um bonito diploma de batismo. Porém, o mais importante é a experiência do novo nascimento. Um dos motivos por que muitos têm dificuldades em testemunhar da sua experiência de conversão é porque o momento da conversão não foi engrandecido. Não ficou bem definido.
v Define a responsabilidade do novo convertido para com a igreja de Cristo. Pessoas, ao nascer fisicamente têm uma família. Também o crente, ao nascer espiritualmente, tem uma família espiritual: a igreja. Membros da família têm responsabilidades.
v Cria um sentimento de aceitação pela igreja. O decidido aceitou a Cristo. Isto implica também aceitar a igreja de Cristo. Porém, é muito importante o novo convertido sentir que do mesmo modo que Cristo o aceita, a igreja também o aceita.
v Tudo que é público tem mais peso de compromisso. É como a palavra dada: quando damos nossa palavra em prol de algo, somo mais tendentes a cumpri-la do que quando só decidimos algo no pensamento. E quanto mais pessoas ouvirem a nossa palavra de compromisso, mais forte a obrigação.
v Ele tem uma responsabilidade para com a igreja, mas também tem o privilégio da comunhão com a igreja que o aceita. Um abraço de um consolidador ou de um líder de célula será um símbolo muito valioso da aceitação da igreja.
v Tarefa: que outros motivos você pode dar, como benefícios para o novo convertido, quando ele é apresentado à igreja no final do culto?
N. APRESENTAR OS DECIDIDOS NA FRENTE É IMPORTANTE PARA A
IGREJA TODA POR QUÊ:
v Leva a igreja a ter mais confiança nas decisões feitas pelos novos convertidos. Essa confiança leva a igreja a uma aceitação maior dos mesmos.
v Relembra a igreja da sua responsabilidade para com os novos crentes. A responsabilidade não é para testar o novo crente. Satanás vai fazer isso sem nossa colaboração. A responsabilidade da igreja é de apoiar o decidido no seu crescimento espiritual e no seu andar com Cristo, no Espírito Santo.
v Identifica o novo convertido. A igreja não pode apoiar, nem orar em favor de pessoas não conhecidas. Ela passa a conhecer as caras novas que estão entrando.
Tarefa: Que outros motivos são importantes pelos quais apresentar os decididos à igreja no final do culto?
Com estas apresentações o processo de consolidação está começando. O novo crente está aprendendo lições importantes sobre a igreja, sua comunhão e responsabilidades mútuas. O culto pode ser encerrado com uma oração, lembrando os decididos, pedindo os cuidados de Deus para com eles e orientação para a igreja no cuidado para com os novos crentes.
A igreja deve ser encorajada a manifestar sua aceitação e apoio para com os novos crentes, cumprimentando-os após o encerramento. Pessoas treinadas devem dar mais algumas orientações ligeiras e marcar o próximo encontro iniciando o processo de acompanhamento. O próximo estudo apresentará mais informações sobre este assunto.
O. A CONSOLIDAÇÃO FEITA NA CÉLULA
“…foram batizados os que de bom grado receberam a Sua palavra”
(Atos 2.41)
É muito difícil integrar na família quem não nasceu ainda. Um casal estava esperando um nenê. Fizeram os exames médicos que revelaram até o sexo do feto esperado, menino. O casal escolheu o nome, fez todos os preparativos. O casal brincou falando do filho como se já fizesse parte da família. Mas mesmo com toda essa atitude de boa aceitação, o filho não podia ser integrado na família antes de nascer.
Da mesma sorte não pode ser integrado na família de Deus quem não nasceu de novo. Num estudo feito em 1986, um conferencista citou alguns dos motivos pelos quais algumas igrejas estão morrendo. Entre alguns dos motivos se encontra…
“a pretensão de trazer os homens à igreja antes de lhes falar de Cristo; a pregação de um evangelho barato, antropocêntrico e deslembrado da soberania e senhorio de Cristo…”.
O alvo da evangelização é fazer discípulos. Muitas pessoas, pela nossa experiência, não são ganhas para Cristo na igreja, mas no ambiente da célula. Muitos, quando vão à igreja pela primeira vez, já foram três, quatro ou mais vezes na reunião da célula, grupos de evangelismo ou qualquer outro evento promovido pelos irmãos.
Assim quando alguém se converte na célula, podemos e devemos começar a consolidá-lo ali mesmo. Os irmãos que trabalham no Acolhimento e na Consolidação da igreja, com a toda a experiência que já acumulam dos cultos de celebração, podem fazer isso muito bem. Mas não só eles. Todos os membros da célula devem estar aptos a realizar essa tarefa, em todo e qualquer lugar.
O alvo desta fase da evangelização, consolidação, é o crescimento ou o desenvolvimento dos discípulos. Por isso consolidação firme é baseada em evangelização firme. Se a pessoa foi à célula, é porque o processo de evangelização já está surtindo efeito.
P. PASSOS FUNDAMENTAIS PARA A CONSOLIDAÇÃO NA CÉLULA
v Iniciar o apelo com amor e cuidado, sem insistir muito com as pessoas, deixando-as à vontade, mas apontando claramente a importância de tomar uma séria decisão por Cristo;
v Lembrar-se que muitos estão tendo o primeiro contato com o Evangelho, e nós queremos que elas voltem, por isso o apelo na célula não pode ser feito com todos os ingredientes com que é feito na igreja, nem demorado, nem direto demais: “Você, Maria das Dores, não quer entregar sua vida a Jesus agora?” A não ser que o líder tenha uma profunda convicção do Espírito Santo que deve fazer desse jeito;
v Aconselhar a pessoa nos mesmos moldes da consolidação feita na igreja, explicando-lhe os passos essenciais da decisão de seguir a Cristo e de como caminhar Nele daqui para frente;
v Fazer a pessoa repetir a oração de confissão de aceitar Cristo como seu Senhor e Salvador;
v Os demais membros da célula devem abraçar e felicitar o novo decidido pela escolha feita de seguir a Jesus;
v Anotar dados como endereço, telefone, melhor horário para encontrá-lo em casa, etc.;
v Convidar o novo decidido a ir para a igreja na próxima reunião de celebração e, quando ele for, o conselheiro que o ajudou na célula, ou o líder da célula, deve sentar-se perto dele no culto, e levá-lo a confirmar publicamente a decisão já feita na célula;
v De preferência, o conselheiro deve se oferecer para ir junto com o novo decidido para a igreja, seja no carro de qualquer um deles, seja de ônibus, metrô, a pé, etc. – como for mais conveniente, dependendo da região onde moram;
v Não tem problema se o novo decidido passar de novo pela orientação feita na consolidação da igreja; ele ou a pessoa que o acompanhar deve explicar que ele já tem uma célula: assim ele não será “pescado” por outras células.
Obs.: Esses mesmos passos servem para pessoas ganhas no
evangelismo pessoal, no local de trabalho ou estudo, etc..
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